9 de jul. de 2011

As pré-conferências de Cultura do DF - publicado na edição nº 0

Foram dois meses de debates em pré-conferências de cultura convocadas pelo governo. Isso é positivo. Melhor que isso seria se a própria comunidade estivesse realizando. Chegaremos lá. Com todas as falhas que vimos, ainda achamos que os debates ajudam mais que atrapalham na preparação da comunidade cultural para compreenderem seu papel. O maior absurdo foi alguém ter levado um ônibus de moradores de São Sebastião para participarem da pré-conferência do Cruzeiro, votando e disputando propostas com os moradores desse bairro. São Sebastião já tinha realizado a maior pré-conferência e eleito a maior delegação de todas as cidades. Mas alguns vigaristas da cidade (e todas têm os seus) ainda queriam mais. Se aproveitaram de uma falha da organização (não exigir comprovante de residência) e trouxeram um ônibus de conferencistas de longe. Os moradores locais, indignados, filmaram os penetras entrando do ônibus para voltarem pra casa. Alguns deles deram entrevistas admitindo a farsa. Outros tentaram despistar, mas não sabiam citar um endereço qualquer do Cruzeiro. Pegou mal. Quanto às propostas, a maioria das pré- conferências não as discutiu. Apenas tomaram conhecimento das do governo e levantaram outras. Uma boa proposta da lei do sistema cultural do DF foi a criação de um cadastro mais abrangente que o CEAC, envolvendo produtores, grupos e espaços culturais. Nós achamos essencial que incluam também as obras culturais. Todo artista ou grupo que tenha uma obra pronta (livro, filme, CD, espetáculo, exposição) poderia cadastrá-la. Assim a cidade poderia ter um catálogo do acervo e o registro de como ele está se desenvolvendo. 

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